segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Resenha de Filhos do Éden Herdeiros de Atlântida







Filhos do Éden – Herdeiros de Atlântida – Livro 1
Autor: Eduardo Spohr
Ano: 2011
Editora: Verus
Páginas: 473


Levih e Urakin, dois anjos das forças de Gabriel, estão na terra com a missão de encontrar Kaira, uma importante capitã do exército rebelde que sumiu misteriosamente há dois anos. Depois de algum tempo de busca, finalmente os dois tem pistas sobre a localização da arconte: a Universidade de Santa Helena. Quando finalmente encontram Kaira, o ofanim e o querubim se deparam com outro problema: ela não se lembra de nada ligado à guerra milenar travada pelas forças de Miguel e seu irmão Gabriel. Resta agora aos dois, com a ajuda do misterioso Denyel ajudar Kaira a trazer suas memórias de volta e evitar que um plano perigoso tanto para os celestes quanto para os humanos tenha sucesso.

Como primeira informação, FdE (“Filhos do Éden”) não é uma continuação de ABdA (“A Batalha do Apocalipse”). Ou seja, você não terá spoilers caso leia FdE antes de ABdA, na verdade eu recomendo que faça isso, caso não tenha lido o primeiro livro de Eduardo Spohr. Por mais difícil que seja, também não colocarei spoilers aqui na resenha. O que pode ser considerado um pré-quel de ABdA se torna um livro grandioso e extremamente explicativo, utilizando os diálogos e a humanidade de Kaira para poder explicar e ilustrar como funciona o universo criado pelo autor. Se, em ABdA, você precisava consultar o conteúdo extra dos livros para entender as castas dos anjos, os planos, os céus e algum outro nome novo para vocês, em FdE você aprende tudo de forma automática e de acordo com a progressão e necessidade do livro.
A humanidade não está somente no comportamento de Kaira, Denyel, Urakin e Levih, mas também vemos uma forma mais “simples e humana” dos personagens durante as lutas. Não temos mais as grandiosas lutas que causam a destruição de cenários, com nomes para cada golpe, e sim a simplicidade de se usar um estilo de combate mais simples, além de utilizar o ambiente a seu favor. Se antes tínhamos anjos atingidos e lançados contra montanhas, em FdE temos batalhas que podem ser resumidas em apenas alguns disparos com arma de fogo. Não que isso empobreça a história, pelo contrário, temos uma história mais rica e cheia de detalhes, nos colocando ao lado dos personagens a cada desafio que Kaira enfrenta.
A construção dos personagens, por sinal, foi o que mais gostei. Sempre me chama atenção um grupo que tem tantas personalidades diferentes, mas que conseguem se entender (mesmo com dificuldade) e se completar da forma que Kaira, Denyel, Levih e Urakin fazem. Levih é o que mais gosto por ser o mais calmo e mais emocional. Denyel se destaca por ser do tipo misterioso, sarcástico e imprevisível (é, tenho quedinha por personagens assim).

Como todo livro de série, muitas das questões levantadas nesse livro são resolvidas, mas muitas outras são deixadas para o próximo. O final de Filhos do Éden tem um ótimo gancho para Anjos da Morte, segundo livro da série, que promete ser tão cheio de ação, aventura e mistério quanto o primeiro.

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