quinta-feira, 27 de junho de 2013

Resenha do livro Anjos da Morte - Filhos do Éden Vol.2


Livro: Anjos da Morte
Série: Filhos do Éden Vol.2
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus
Páginas: 590


Sinopse:
Desde eras longínquas, os malakins, anjos estudiosos e sábios, observam em silêncio o progresso do homem. Mas eis que chega o século XX, e com ele as armas modernas, a poluição das indústrias, afastando os mortais da natureza divina, alargando as fronteiras entre o nosso mundo e as sete camadas do céu.
Isolados no paraíso, incapazes agora de enxergar o planeta, esses anjos solicitaram a ajuda dos “exilados”, celestiais pacíficos, que havia anos atuavam na terra. Sua tarefa, a partir de então, seria participar das guerras humanas, de todas as guerras, para anotar as façanhas militares, os movimentos de tropas, e depois relatá-los a seus superiores alados.
Sob o disfarce de soldados comuns, esse grupo esteve presente desde as praias da Normandia aos campos de extermínio nazistas, das selvas da Indochina ao declínio da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, foi isso o que lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.

 Repleto de batalhas épicas, magia negra e personagens fantásticos,Filhos do Éden: Anjos da Morte é também um inquietante relato sobre o nosso tempo, uma crítica à corrupção dos governos, aos massacres e extremismos, um alerta para o que nos tornamos e para o que ainda podemos no tornar.

Resenha:
Finalmente, depois de quase dois anos esperando, pude ler a continuação da saga escrita por Eduardo Spohr, que a cada obra se torna um símbolo na literatura fantástica nacional. E posso dizer que esse tempo de espera valeu muito a pena!
Em Anjos da Morte assistimos aos eventos bélicos que marcaram o século XX, em cujos principais conflitos Denyel esteve presente. Vamos acompanhando um misto de realidade e ficção que conta alguns dos períodos mais negros da história da humanidade – que se inicia com a entrada das tropas aliadas na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial e chega até a queda do muro de Berlim em 1989. Eduardo Sphor se superou desta vez, não que A Batalha do Apocalipse e Herdeiros de Atlântida não sejam fenomenais, porque são, mas podemos sentir a evolução dos acontecimentos, assim como a degradação emocional daqueles que participaram de guerras.

Sendo um anjo, o corpo físico de Denyel continuava sempre jovem, mas agora ele compreendia, melhor que qualquer outro, o significado da palavra "envelhecer". Era frustrante, com o passar dos anos, a sensação de que nada será como antes, de que os grandes valores foram jogados por terra, de que o sangue fora derramado a troco de nada. [...]

Ao passo que no período atual, o livro também traz a busca de Kaira, Urakin e Ismael (um antigo agente do arcanjo Gabriel) por Denyel — que se separou do grupo durante a última missão —, passando por diversos locais atrás de um modo de alcançar o parceiro perdido, torcendo que o mesmo se encontre vivo.

“Denyel tinha suas virtudes e falhas e, como a maioria dos anjos, estava longe de ser perfeito. Era um guerreiro nato, determinado e feroz, nunca deixava um serviço incompleto, mas era também de personalidade crítica, sarcástico e debochado, traços incongruentes  com o que se esperaria de um soldado padrão. Seu desencanto com a cisão dos arcanjos fora o que o estimulara a permanecer na terra, a se tornar um exilado, já que ele não confiava no discurso de Miguel nem era chegado à pregação dos rebeldes.”

O livro, muito bem produzido, apresenta mapas das regiões retratadas, lista de reprodução com músicas que aparecem ao longo da narrativa, ótimo para quem ama ler ouvindo músicas como trilha sonora. Terminado Anjos da Morte com aquele jeitinho de “continua no próximo episódio” nos resta agora esperar (mais uma vez) o terceiro volume da saga,Paraíso Perdido para ter todas as respostas que se acumularam ao longo dos dois livros anteriores, ansiosa pela conclusão desse épico cheio de reviravoltas.

sábado, 8 de junho de 2013

Resenha de Liberta-me


Título: Liberta-me
Autor(a): Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Nº de Páginas: 444
Ano: 2013

Sinopse:
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

                 "Porque Warner é bonito de uma forma que nem mesmo Adam é"

Resenha:
 Gente, só digo uma coisa, esse livro está sensacional! O livro começa com as dúvidas de Juliette, ela sente que as pessoas a acham esquisita, ficam com medo, e isso a retrai. Então a jovem acaba sendo antissocial e fica pensando o que os outros estariam pensando sobre si. Confesso que algumas dessas divagações da personagem foram me deixando um pouco aborrecida, dava vontade de entrar no livro e sacudi-la, Juliette simplesmente não consegue ver a pessoa maravilhosa que é. Acho que isso ficou muito eminente pelo livro ser em primeira pessoa, então sabemos todos os sentimentos da personagem, em alguns momentos a entendi em outros achei exagero.
 Mas Juliette também passa por uma batalha dentro de si, ela ama o Adam, mas ele começa a ficar a cada dia mais misterioso em Liberta-me e isso a incomoda, o que ele estaria escondendo? E como lidar com a atração que ela sente por Warner? Em Liberta-me grandes segredos começam a ser revelados, uma batalha está prestes a emergir, e Juliette é cada vez mais pressionada, tanto para lidar com suas habilidades quanto com seu coração, e quem ganhará essa guerra.


   "Ele parece suave e vulnerável... Tão humano. Os olhos estão meio fechados por causa do sorriso e as    bochechas estão rosa com o frio.
Ele tem covinhas.
Ele é, sem dúvida a coisa mais bonita que já vi.
E eu  queria nunca tê-la visto.

(...) Não quero ver Warner assim. Não quero pensar nele nada além de um monstro"


 Também conhecemos mais sobre o pessoal do Ponto Ômega, o Kenji é um personagem que aparece constantemente nesse livro, e eu acabei gostando muito dele, às vezes sendo bem irônico, sarcástico, mas também forte, tanto fisicamente quanto emocionalmente, o que nos deixa curiosos a respeito de seu passado.
Agora o Adam, gente, tudo bem que ele é um personagem fofo e tudo mais, muitas coisas sobre ele são reveladas, e algumas são muito, mas muito importante. E quando Warner aparece, ai sim o circo pega fogo.
   
                        "- É possível - ele sussurra - que você não sinta este fogo entre nós?"

 Outro personagem que brilhou neste livro foi o Warner, eu realmente me apaixonei por ele. Minha previsão de que ele era mais do que parecia estava certa, #chupasociedade. Ele é o cara, ele é o tipo de pessoa que faz o que tem que fazer e não se importa com o que os outros pensam: Ele sabe quem ele é. E ele fez muitas coisas erradas, não escolheu a situação mas fez o que achou que tinha que fazer. Ele é tão perturbado, quanto ou mais do que a Juliette. Neste livro conhecemos a história dele, conhecemos sobre seu pai, sobre sua vida e isso nos leva a entender quem ele é, o que ele é e porque ele é. Foram 19 anos de torturas físicas e psicológicas, foi muito sofrimento sem sentido, sem valor. Me agrada bastante o perfil dele, me agrada demais.

  ''  E eu caí.
Tão difícil.

E ainda assim eu não conheci nada como essa terrível, horrível, sensação paralisante. Sinto-me aleijado. Desesperado e fora de controle. E continua piorando. Todos os dias eu me sinto doente. Vazio e de alguma forma dolorido.
O amor é um canalha sem coração.''

 Já o Adam perde espaço, de forma coerente é claro. A realidade do porque ele pode tocar em Juliette é revelada e, ao meu ver, torna impossível de eles ficarem juntos. Ele fica meio depressivo demais neste livro, assim como Juliette, só que ela tenta mudar a situação e ele não. E toda essa situação reflete no meio onde eles estão, atrapalhando a possibilidade de Juliette fazer novos amigos, conhecer novas pessoas, expandir seu mundo. Nesse ponto Kenji tem uma participação fundamental, ele pra mim foi muito bem usado neste livro. E é como ele diz para Juliette “todo mundo tem uma história triste, ninguém está aqui de férias” que toca ela de alguma forma. E conforme ela expande seu mundo, Adam diminui progressivamente, preciso dizer que eu gostei?  
Mais um livro maravilhoso, que me deixou muito curiosa para o terceiro, muito mesmo. Quero só ver o que a Tahereh vai aprontar, e claro que também quero saber como terminará esse triângulo. Livro mais que recomendado, se você leu Estilhaça-me, Liberta-me é leitura obrigatória!
                         ''E eu estou deixando minhas luvas para trás.''

Resenha de Príncipe Mecânico


Título: Príncipe Mecânico
Série: As Peças Infernais
Autor(a): Cassandra Clare
Páginas: 406
Editora: Galera Record 
Ano: 2013

Sinopse: 
 Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que saiu de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.


Resenha:
 Depois aos acontecimentos surpreendentes em Anjo Mecânico a direção do Instituto de Caçadores de Sombras de Londres está por um fio de perder seus diretores, Charlotte e Henry. Wayland, o Cônsul da Enclave, os deu um prazo de duas semanas para que encontrassem alguma pista de Mortmain ou então Benedict Lightwood poderá se candidatar contra Charlotte para tomar conta do instituto. Enquanto isso, Tessa, Jem e Will estão ajudando a procurar pistas que possam levar a Mortmain.

 O objetivo central do livro é manter Charlotte e Henry no comando do Instituto e encontrar o Magistrado, que está criando um exército de criaturas mecânicas e precisa de Tessa para colocar seu plano em prática. Vamos aos poucos, junto com os personagens, descobrindo novas pistas, segredos, etc.

''Detestava que Will causasse esse efeito nela. Detestava. [...] E mesmo assim, um simples olhar dele a fazia tremer numa mistura de ódio e desejo. Era como um veneno na corrente sanguínea, para qual o único antidoto era Jem. Só com ele sentia que pisava em terreno sólido. (pág. 36''

 Em meio a tudo isso, Tessa ainda tenta se recuperar da traição do irmão e da rejeição de Will. A menina ainda precisa descobrir o que ela é, já que não é nem Caçadora e muito menos feiticeira (o corpo não te marcas). E o que o Magistrado quer com ela afinal? O que ele quis dizer quando disse que a tinha feito?
Preocupada e frágil, Tessa irá encontrar conforto na companhia de Jem. Ele continua doente, mas é sempre gentil com ela e escuta seus problemas. Eles se aproximam cada vez mais, construindo uma forte amizade que se transforma em algo mais... Consolida-se o triângulo amoroso da saga.

"Você e eu, Tess, somos parecidos. Vivemos e respiramos palavras. Foram os livros que me impediram de me matar depois que achei que não pudesse amar ninguém, nem ser amado por ninguém. Foram os livros que fizeram com que eu sentisse que não estava completamente sozinho. Eles podiam ser sinceros comigo e eu com eles." [Pág. 372]

 O problema é que, quando temos um triângulo tão adorável, você sabe que alguém sairá ferido, inclusive o próprio leitor, porque mesmo gostando mais de um casal, você fica triste pelo outro que saiu sofrendo. É exatamente assim que fiquei nesse livro, e acredito que também ficarei no próximo. Se preparem para sofrer com o triângulo!!!!!   
 Tanto Jem quanto Will estão apaixonados por Tessa. E o  relacionamento que ela tem com cada uma é muito diferente um  do outro.  A relação de Tessa e Jem é fácil e amorosa, nascida da amizade.... Agora entre  Tessa e Will, é fogo, a pegada é forte e vemos aquela "coisa" entre eles que é inegavelmente linda. É como se suas almas fossem feitas uma para a outra. E o amor em comum que eles possuem por livros e poesia seja um laço que os une ainda mais ... 

''James, você é a única família que tenho - A voz de Will soou trêmula. - Morreria por você. Sabe disso. Morreria sem você. Se não fosse você, eu teria morrido cem vezes ao longo dos últimos cinco anos. Devo tudo a você [...] (pag. 201)"

 A expectativa de que isso não acabe bem para pelo menos um deles têm  me deixado ansiosa,- aprendi a amar todos eles e não desejar um final feliz para todos é praticamente impossível.  Eu não tenho nenhuma idéia de como Cassandra vai resolver isso em Clockwork Princess.

A narração é feita sobre a visão de Tessa, mas em alguns momentos temos a visão de outras pessoas como Will, Magnus Bane, Sophie. A história não tem muita ação, mas fui gostando mesmo assim. Vários segredos foram reveladossurpresas aconteceram, traiçõesromance e muito mais.


 Jessamine continua a mesma chata e inútil de sempre, sua personagem só serve pra irritar. Henry me estressou até certa parte do livro com seu jeito distraído de ser, mas quando se aproximou do final passei a vê-lo com outros olhos. Gabriel e Gideon Lightwood, filhos de Benedict, também aparecem de forma razoável no livro. Gabriel já conhecemos do primeiro livro, ele fará tudo que o pai disser e Gideon aparece pela primeira vez parece ser bem diferente do irmão.