sábado, 8 de junho de 2013

Resenha de Liberta-me


Título: Liberta-me
Autor(a): Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Nº de Páginas: 444
Ano: 2013

Sinopse:
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

                 "Porque Warner é bonito de uma forma que nem mesmo Adam é"

Resenha:
 Gente, só digo uma coisa, esse livro está sensacional! O livro começa com as dúvidas de Juliette, ela sente que as pessoas a acham esquisita, ficam com medo, e isso a retrai. Então a jovem acaba sendo antissocial e fica pensando o que os outros estariam pensando sobre si. Confesso que algumas dessas divagações da personagem foram me deixando um pouco aborrecida, dava vontade de entrar no livro e sacudi-la, Juliette simplesmente não consegue ver a pessoa maravilhosa que é. Acho que isso ficou muito eminente pelo livro ser em primeira pessoa, então sabemos todos os sentimentos da personagem, em alguns momentos a entendi em outros achei exagero.
 Mas Juliette também passa por uma batalha dentro de si, ela ama o Adam, mas ele começa a ficar a cada dia mais misterioso em Liberta-me e isso a incomoda, o que ele estaria escondendo? E como lidar com a atração que ela sente por Warner? Em Liberta-me grandes segredos começam a ser revelados, uma batalha está prestes a emergir, e Juliette é cada vez mais pressionada, tanto para lidar com suas habilidades quanto com seu coração, e quem ganhará essa guerra.


   "Ele parece suave e vulnerável... Tão humano. Os olhos estão meio fechados por causa do sorriso e as    bochechas estão rosa com o frio.
Ele tem covinhas.
Ele é, sem dúvida a coisa mais bonita que já vi.
E eu  queria nunca tê-la visto.

(...) Não quero ver Warner assim. Não quero pensar nele nada além de um monstro"


 Também conhecemos mais sobre o pessoal do Ponto Ômega, o Kenji é um personagem que aparece constantemente nesse livro, e eu acabei gostando muito dele, às vezes sendo bem irônico, sarcástico, mas também forte, tanto fisicamente quanto emocionalmente, o que nos deixa curiosos a respeito de seu passado.
Agora o Adam, gente, tudo bem que ele é um personagem fofo e tudo mais, muitas coisas sobre ele são reveladas, e algumas são muito, mas muito importante. E quando Warner aparece, ai sim o circo pega fogo.
   
                        "- É possível - ele sussurra - que você não sinta este fogo entre nós?"

 Outro personagem que brilhou neste livro foi o Warner, eu realmente me apaixonei por ele. Minha previsão de que ele era mais do que parecia estava certa, #chupasociedade. Ele é o cara, ele é o tipo de pessoa que faz o que tem que fazer e não se importa com o que os outros pensam: Ele sabe quem ele é. E ele fez muitas coisas erradas, não escolheu a situação mas fez o que achou que tinha que fazer. Ele é tão perturbado, quanto ou mais do que a Juliette. Neste livro conhecemos a história dele, conhecemos sobre seu pai, sobre sua vida e isso nos leva a entender quem ele é, o que ele é e porque ele é. Foram 19 anos de torturas físicas e psicológicas, foi muito sofrimento sem sentido, sem valor. Me agrada bastante o perfil dele, me agrada demais.

  ''  E eu caí.
Tão difícil.

E ainda assim eu não conheci nada como essa terrível, horrível, sensação paralisante. Sinto-me aleijado. Desesperado e fora de controle. E continua piorando. Todos os dias eu me sinto doente. Vazio e de alguma forma dolorido.
O amor é um canalha sem coração.''

 Já o Adam perde espaço, de forma coerente é claro. A realidade do porque ele pode tocar em Juliette é revelada e, ao meu ver, torna impossível de eles ficarem juntos. Ele fica meio depressivo demais neste livro, assim como Juliette, só que ela tenta mudar a situação e ele não. E toda essa situação reflete no meio onde eles estão, atrapalhando a possibilidade de Juliette fazer novos amigos, conhecer novas pessoas, expandir seu mundo. Nesse ponto Kenji tem uma participação fundamental, ele pra mim foi muito bem usado neste livro. E é como ele diz para Juliette “todo mundo tem uma história triste, ninguém está aqui de férias” que toca ela de alguma forma. E conforme ela expande seu mundo, Adam diminui progressivamente, preciso dizer que eu gostei?  
Mais um livro maravilhoso, que me deixou muito curiosa para o terceiro, muito mesmo. Quero só ver o que a Tahereh vai aprontar, e claro que também quero saber como terminará esse triângulo. Livro mais que recomendado, se você leu Estilhaça-me, Liberta-me é leitura obrigatória!
                         ''E eu estou deixando minhas luvas para trás.''

Nenhum comentário:

Postar um comentário