sábado, 23 de fevereiro de 2013

Resenha do livro Amada Imortal





Tradução: Regiane Winarski
Ano: 2012
Páginas:
280
Editora: Galera Record

 Sinopse: Primeiro livro de bem-sucedida trilogia, mistura fantasia sobre imortais a uma história moderna de jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade e moralidade aparecem na trama, protagonizada pela imortal Nastasya. Nascida em 1551, acostumada a beber e sair para baladas cada vez mais loucas, ela perdeu o rumo. Suas conexões com outros imortais, interessados apenas em suas habilidades mágicas, a fazem partir em busca de um propósito. E o encontra em uma espécie de clínica de reabilitação para os de sua espécie, onde conhece um pouco mais sobre o próprio passado e cria importantes laços para o futuro.

 
Resenha: Nastasya é uma Imortal, e tem mais de 400 anos. Já viveu de diversas formas, em diversas épocas diferentes, mas nunca encontrou nada que realmente desse sentido a sua longa vida. Ela costuma sair com seus amigos (também imortais) para beber e dançar em festas. Até o dia em que seu amigo Incy quase mata um motorista de táxi, por um motivo praticamente inexistente.
Assustada com a brutalidade do amigo, e com a força da mágica (magick) que os imortais têm, ela decide que precisa fugir, encontrar ajuda. Ela se refugia na casa de River, uma mulher sábia que mantém uma espécie de casa de reabilitação para imortais.
Lá Nasty vai aprender diversas coisas sobre suas origens e poderes, além de se ocupar com afazeres domésticos. O único problema é o sexy Reyn. Um homem lindo, mas extremamente calado, que Nasty tenha a estranha sensação de  conhecer de algum lugar.

“Você vinha de tempos em tempos, durante o inverno, e invadia. Você matava vilarejos inteiros. Estuprou meus vizinhos. Você quase me estuprou. Quase matou meu filho. Você roubava cavalos e vacas e qualquer coisa de valor. Deixou as pessoas sem nada, pessoas que morreram de fome. Os que você não matou imediatamente.”


A mitologia Imortal criada por Cate Tiernan é ótima e - baseado nos livros que já li -, bem original. Não há nenhuma ligação com vampiros e coisas do tipo.
O fator sobrenatural, (além de eles viverem quase que eternamente) é a existência de mágica, que eles chamam de magick. Existem dois tipos de magick: a branca e a negra. Quando a magick branca é utilizada, eles extraem força dos elementos, sem destruí-los, a magick negra destrói tudo o que estiver vida em sua volta.
Nasty é uma personagem incrível, amei sua personalidade desde o começo. Ela é sarcástica, bem humorada e fala tudo o que vem na cabeça (uma doida completa). Claro que ela vive uma crise existencial, que foi justamente o que a fez decidir buscar ajuda, mas mesmo assim ela continua sendo ótima. O livro é narrado em primeira pessoa, pela própria Nasty.

“Eu não sabia de onde essas coisas estavam vindo – de repente eu era uma fadinha mágicka, me unindo à minha pedra, sentindo minhas raízes terrenas, lálálá...
Só posso descrever o jeito como me senti. E era assim que eu me sentia. Me processem.  Página 240

Reyn é um espetáculo, Nasty o define como um “deus viking”, totalmente sedutor. O problema é que ele a trata de maneira agressiva, como se a detestasse, e eles vivem “trocando farpas”. Sem contar que Nasty tem a estranha sensação de conhecê-lo, mas não de uma forma positiva.
O romance não é tão forte, existem muitos empecilhos, mas é delicioso mesmo assim. A química de Nasty e Reyn é bem evidente.

"Ele parecia... simplesmente inacreditável, o cabelo revirado pelo vento, os olhos brilhantes, o rosto levemente ruborizado. Era quase impossível eu não derrubá-lo bem ali, na frente de Asher, e subir em cima dele. Se eu o acertasse com uma frigideira, ele talvez não lutasse muito..." Página 98

O final de certa forma fecha, mas deixa uma infinidade de pontas soltas para serem resolvidas nos próximos dois volumes da trilogia, que eu espero ansiosamente! Tomara que sejam lançados logos.
Amada Imortal é uma leitura agradável, rápida e marcante. Assim que comecei a leitura, foi impossível parar antes de saber o final.

 “Ser bom é uma escolha que devemos fazer sempre, todo dia, ao longo do dia, pelo resto da vida. Um dia é feito de milhares de decisões, a maioria pequena, desimportante, algumas enormes. Com cada uma, você tem a chance de trabalhar em direção à luz ou afundar em direção às trevas.”
 


3 comentários:

  1. A resenha foi muito bem redigida, Debora!!! Fica a vontade de ler o livro. Bjim...

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  2. Gostei muito da resenha.
    Adorei seu blog. Seguindo!

    http://verbosdiversos.blogspot.com.br/

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  3. Muito obrigada mesmo...em breve estarei postando mais.. Participando do seu tambem... :D

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